segunda-feira, 14 de maio de 2007

Comunicação Empresarial

Numa época em que a competitividade, a internacionalização de mercados e as constantes inovações tecnológicas exigem uma grande adaptação das pessoas na realização de suas atividades, saber reconhecer e utilizar as ferramentas do processo de comunicação é o diferencial frente ao mecanicismo das relações humanas em ambientes de trabalho.

O processo de comunicação está tão enraizado na cultura do homem que muitos dos seus elementos não são reconhecidos como tais. A linguagem não-verbal para muitos não é reconhecida, não sendo valorizada, perdendo assim a sua importância e efetiva contribuição.

O corpo humano é uma ferramenta em potencial de comunicação, não só a boca fala, cada membro do corpo e cada sentido humano se comunicam com o seu interlocutor. São gestos, olhares, expressões faciais, posicionamento dos braços, mãos, dedos, pernas, pés, cabeça e tronco informando durante todas as interações sociais sobre os estados psicológicos e fisiológicos do locutor.

A sociedade através de sua cultura é quem dita e regula os hábitos lingüísticos de seu povo. O homem desde sua infância é conduzido a reproduzir determinados tipos de comportamentos e expressões que figuram a representação masculina ou feminina, e inibidos aos que não conotem o significado pré-estabelecido.

Compreender esses canais não-verbais de comunicação requer uma percepção mais global do processo de comunicação. É preciso estar atento às entrelinhas da movimentação corporal, já que esta revela muito mais do que a comunicação verbal.

No cotidiano das relações organizacionais é de extrema necessidade o feedback. O feedback é uma resposta a uma interação, permitindo a melhora de desempenho da parte que o recebe. Para que existam resultados positivos gerados pelo feedback é preciso uma relação de confiança e segurança estabelecida, pois muitas pessoas ainda pressas às barreiras do preconceito entende o feedback como crítica destrutiva, não estando abertas a sua recepção.
Os hábitos culturais são contrários às expressões de sentimentos, muitos ainda não sabem como lidar com esses assuntos, além de serem mal interpretados em suas tentativas. Sendo assim, é compreensível que a maioria das pessoas assumam uma postura de defesa diante do feedback.

A maturidade do homem, suas vivências, suas experiências de vida em relação aos canais de comunicação utilizados nas suas interações sociais, permite que estes sejam usufruídos plenamente. É a importância dessas respostas para um entendimento mais completo da expressão de nossas atitudes na visão do mundo.

A habilidade de escutar auxilia nas atividades de comunicação. Há um ditado chinês que diz que devemos usar as partes do nosso corpo na mesma proporção que as temos. Possuímos uma boca e dois ouvidos. Ouvir o outro facilita as interações por demonstrar claramente que existe interesse e respeito pela sua visão.

As reuniões empresariais deviam facilitar a comunicação, para isso é necessário um planejamento e uma transparência dos assuntos a serem abordados. Reunir um grupo que não tem consciência do que será discutido, que desconhece o motivo da reunião é perda de tempo, além de gerar vários conflitos pela ineficiência da comunicação. É importante saber qual o valor que a reunião irá somar a vida das pessoas envolvidas.

Amyr Klink diz que no Brasil fazemos muitas reuniões, é o péssimo hábito de falar muito e fazer pouco. As metas e os objetivos de toda ação devem ser claros e entendidos por todos, uma reunião só deve acontecer após a certeza de que todos os envolvidos entenderam claramente o que será tratado. Às vezes, uma reunião individual tem um efeito mais progressor do que as coletivas.

Entendendo comunicação como transmissão de uma mensagem ou troca de informações, para que esta seja realizada com sucesso é preciso verificar como foi recebida a mensagem pelo receptor. A responsabilidade do sucesso da comunicação não é de quem recebe, mas de quem emite.

A argumentação é dos elementos que auxiliam no sucesso de uma comunicação. Usar argumentos coerentes com o assunto em questão, que o aborde nos ângulos desejados e que esclareça as dúvidas que surjam durante esse processo é muito importante.

Os argumentos devem ser reais e não enganosos propositalmente para persuadir a outra parte utilizando a má fé. De acordo com a definição do Dicionário melhoramentos da língua portuguesa (1988): “Argumento, s.m. 1. Prova que serve para afirmar ou negar um fato. 2. Meio ao qual se recorre para convencer alguém.”

Durante um processo de comunicação é preciso uma linguagem única. Compreender a visão do outro, suas necessidades e suas limitações, o seu universo de contextos, a sua linguagem, isso tudo faz parte de uma boa comunicação. Lair fala da importância do rapport nas comunicações: “Você sabe o que é rapport? É estar em sintonia com alguém. É entrar no mundo da outra pessoa e estabelecer com ela uma comunicação plena, uma perfeita conexão”.

Quando estamos sintonizados com o outro, a comunicação flui de maneira natural e verdadeira, não existindo cobranças, nem imposições do certo ou errado. Tudo passa a ser um ponto de vista igual ou diferente do nosso que precisa ser respeitado do mesmo modo.

"Comunicação é como uma dança. Quando um assume a posição do outro, os dois passam a pensar igual, e aí a sintonia é plena. Você não sabe quem está comandando quem. A música é uma só". (LAIR, 1993, p. 55)

O público externo tem uma importância fundamental para a sobrevivência de uma organização. A imprensa é quem, geralmente, informa a sociedade sobre o que acontece nas empresas. A forma construtiva, destrutiva ou imparcial das informações serão resultados da boa comunicação da empresa com esta.

Comunicar-se é uma das maiores delícias do mundo. Essa delícia só será degustada de forma prazerosa se for compreendido que os ingredientes que a compõe são extremamente perecíveis, devendo ter um cuidado maior para não colocar em risco o sucesso da receita.
Saber comunicar-se é uma arte para todos os que estão dispostos a experimentar, a errar, a provar dos seus dissabores, reconhecer os erros e corrigi-los, a reciclar e aprimorar sempre as habilidades de um bom comunicador. O sucesso é garantido.

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* Artigo produzido para avaliação parcial da disciplina Comunicação Empresarial - MBA em Gestão Estratégica de Recursos Humanos. UNIFACS, 2005.

VLADIMIR HERZOG

Editor de cultura da revista Visão (primeira revista quinzenal de conteúdo), diretor do primeiro telejornal da realidade brasileira como a ditadura não queria mostrar, diretor de jornalismo da TV Cultura, apaixonado por cinema e televisão, o judeu Vladimir Herzog foi morto na ditadura militar acusado de ser comunista, conforme foi comprovado anos depois, desmistificando o suicídio divulgado na época.

Vlado, como era conhecido, foi preso, torturado e morto no DOI CODI (edifício utilizado para repressão política durante o regime militar). O que vemos no filme são relatos de vítimas da violência e covardia exercidas pelo militarismo, que dizimou famílias e dilacerou a dignidade de homens e mulheres de bem, cujo maior ideal era ver o Brasil livre e desarmado.

A ditadura militar foi um marco importante na história do jornalismo brasileiro, gravando com o sangue derramado desses homens, a luta dos grupos militares com ideais políticos distintos. Além de ressaltar a brutalidade e terror com que era tratada a imprensa nacional e todos aqueles que explicitassem algum ideal diferente do imposto. Era proibido discordar.

Uma semana após a morte do jornalista é realizado um ato ecumênico na Catedral da Sé clamando por paz. O ato reuniu 8 mil pessoas e toda a sociedade paulista representada em seus diversos segmentos. Foi o momento de unir forças e protestar contra a falta de humanidade e respeito dos governantes vigentes.

sábado, 12 de maio de 2007

Construir a logomarca do Projeto “Salvador na Sola do Pé”, depois de tê-lo vivenciado, começa com uma busca por elementos que possam traduzir o seu objetivo. Logo, é inevitável pensar nas caminhadas que fizemos na tentativa de conhecer a cidade. A imagem do pé / pegada é o primeiro e o mais representativo exemplo pensado. Assim foram utilizadas as pegadas para a construção de um caminho, remetendo ao caminho percorrido na prática do projeto.
As pegadas foram feitas com a ferramenta mão livre e o ajuste com a ferramenta forma. Os dedos são elipses. Para associar as pegadas à cidade do Salvador, era necessária uma imagem que a expressasse. Com a foto aérea do Farol da Barra retirada da internet, de um dos cartões de visita mais admirados, foi feito o tratamento, através de edição, para colocá-la sem a sua cor de origem. Já que o jornal para qual a marca está sendo produzida é em preto e branco.
Após sugestão de nossa orientadora Marilei Fiorelli, e uma pequena pesquisa de opinião entre colegas de sala, verifica-se que uma pegada somente tinha um maior impacto sobre o público, do que várias delas dando a idéia de caminho percorrido.
Com a imagem finalizada, aplicando o efeito PowerClip – colocar em recipiente, a pegada ganhou uma maior representação do título ao qual se refere. A letra escolhida é a Stencil, por dar um aspecto de força, associando-se à idéia de solidez e firmeza dos passos dados durante a caminhada feita, para que se tenha efetivamente “Salvador na Sola do Pé”. Essa idéia é reforçada com o texto sendo ajustado ao caminho disposto na forma dos contornos laterais do pé. A finalização é dada com a retirada do contorno da pegada, dando uma maior vivacidade a imagem.
As pegadas iniciais em forma de caminho foram utilizadas como uma borda que separa a logomarca e o memorial, sem nenhuma pretensão de compor ou ser parte da marca criada.
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* Logomarca criada para projeto interdisciplinar, cujo o produto final será a publicação de um jornal de bolso com a logo escolhida.